quinta-feira, 4 de junho de 2009

Governo erra e provoca a morte de sete piauienses

No primeiro mandato do governador W. Dias foram feitos estudos pela COMDEPI com participação do engenheiro Diego Peruano, considerado um dos maiores especialistas na área, alertando a necessidade de uma permanente manutenção e correção da fissura na barragem Algodões I. A execução do projeto custaria aos cofres públicos R$ 450 mil reais.

Por duas vezes o presidente da COMDEPI da época apresentou projeto e solicitou a liberação de recursos, o que foi negado pelo governador.

Já agora, poucos dias antes da tragédia, numa reunião que ocorreu na cidade de Cocal onde se avaliava a situação da Barragem, o engenheiro Diego Peruano discordou do relatório do engenheiro Luiz Hernani. Em resposta, Hernani grosseiramente disse que não aceitava ‘palpiteiro’. A discordância foi pelo fato do Diego Peruano ter alertado que a barragem estava prestes a estourar.

Deu no que deu. O governador Wellington Dias (PT) subestimou a competência dos engenheiros da Terra admitindo apenas a posição de Hernani, que determinava o retorno das pessoas para suas casas nas proximidades da Barragem, resultando na morte de sete pessoas e centenas de desabrigados, sem falar nos prejuízos financeiros sofridos por estas famílias.

Agora, o governador quer a verdade sobre a catástrofe, custe o que custar e acusa o promotor de Justiça Maurício Gomes de Souza, de Cocal, de falar de mais. Wellington também afirma que as declarações feitas pelo promotor, comprometem a imagem do Estado.

Para a investigação do caso, o governo criou um comitê composto de membros do próprio governo, inclusive de alguns que assinaram aquela infausta ata governamental que autorizava a volta dos moradores para a região.

Wellington Dias que defendia a moralidade, legalidade e transparência no poder público e que convenceu o Piauí de que, no governo, faria diferente dos que o combatia. Agora tenta se redimir do erro, comprando a vida e a dignidade daqueles que foram vítimas do rompimento da Barragem com campanhas solidárias e de reconstrução dos lares perdidos.

Para isso foram liberados 35 milhões, autorizado pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira. Esse dinheiro será utilizado para reparar os estragos causados em três municípios: Cocal, Buriti dos Lopes e Parnaíba. De acordo com Fernando Monteiro secretário de Defesa Civil, serão construídas 550 casas. Desta verba, 2,2 milhões serão destinados para compra de eletrodomésticos, móveis.


André Luís

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