Polícia diz que é difícil combater prática de "racha" em Teresina

Após a morte do estudante Michel Araújo Miura, de 21 anos, em acidente de carro na Avenida João XXIII, na madrugada de domingo (24), reacende a discussão sobre uma prática perigosa entre os jovens: os "rachas", ou disputas de corrida entre carros.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, responsável pela via, o veículo Ford Fusion era conduzido por Carlos Alberto da Silva, que se evadiu do local, e vitimou fatalmente Michel de Araújo Miura, e lesionou gravemente Wesley Tosta Braga, ambos passageiros do mencionado veículo. O último, socorrido pela PRF, foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Teresina (HUT).

Há dois anos, a Avenida Raul Lopes, no decorrer da noite, era usada para práticas de "rachas" e "cavalos- de- pau", o que atraía dezenas de “espectadores”. Segundo a polícia, essa prática teve uma diminuição nos últimos meses, entretanto, é muito difícil de ser fiscalizada, já que a maior aliada dos policiais é a denúncia.

Os rachas mudam muito de local, já que, com a ação da polícia, os participantes procuram outros pontos para as disputas. Quase sempre há a presença de álcool, mas alguns acontecem depois de festas, na volta para casa, o que pode ter acontecido no caso de domingo.

Além dos riscos de acidentes, as pessoas que forem pegas fazendo racha responderão criminalmente e terão a carteira de habilitação suspensa. “Nesse caso, o Carlos Alberto da Silva poderá ser responsabilizado por crime civil e responder por homicídio, fato que será apurado civil”.


André Luís